CLÁUDIO HUMBERTO
É imprevisível o julgamento sobre a natureza do depoimento de Jair Bolsonaro no inquérito sobre supostas “interferências” na Polícia Federal. Porém, os próprios ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) dão pistas de que a decisão será apertada, mas com provável maioria favorável ao depoimento por escrito. A suspensão do caso após o voto do ministro Celso de Mello, nesta quinta (8), reservou a ele os holofotes de sua última sessão e objetivou também poupá-lo de eventual derrota.
DIREITO DO PRESIDENTE
Além de Marco Aurélio, que é contra a oitiva presencial, vários ministros já decidiram em outras ocasiões pelo depoimento por escrito.
APOSTA NA COERÊNCIA
Se forem coerentes com a posição pelo depoimento por escrito de Michel Temer, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin devem divergir de Mello.
IMPÉRIO DOS AUTOS
Outros ministros, como Dias Toffoli, podem seguir o entendimento do voto por escrito, ainda que pessoalmente detestem Bolsonaro.
BANCADA GARANTISTA
Gilmar Mendes respeita muito Celso de Mello, até se emocionou nas despedidas, mas, garantista, pode garantir o depoimento por escrito.