
CLÁUDIO HUMBERTO
Se Jair Bolsonaro mudou seu comportamento beligerante, trocando seu “presidencialismo de colisão” pelo estilo “paz e amor”, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que se revezavam nos insultos contra o chefe do Poder Executivo, também experimentam uma espécie de “recuo tático”. Mas a trégua é apenas aparente. Os ministros do STF suspenderam as hostilidades, mas mantêm a “espada de Dâmocles” sobre a cabeça do presidente. Se bobear, ela pode até ser “decepada”.
‘MATANDO NA UNHA’
O ministro Celso de Mello retarda a decisão sobre o depoimento à Polícia Federal como a lembrar, a cada dia, que o presidente é “caso de polícia”.
RESPEITO AO CARGO
Celso de Mello sabe, mais que ninguém, que se reconhece no presidente da República a prerrogativa de prestar depoimento inclusive por escrito.
QUESTÃO DE TIMING
Se Mello está a menos de quatro meses da aposentadoria, Alexandre de Moraes, da “oposição” a Bolsonaro no STF, tem todo o tempo do mundo.
PRATO SERVIDO FRIO
Moraes estendeu por seis meses sua própria “espada de Dâmocles” contra o presidente da República: o inquérito das fake news.