A ativista Sara Winter foi presa pela Polícia Federal, em Brasília, na manhã desta segunda-feira (15). A prisão foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Winter é líder do grupo 300 do Brasil, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A informação foi divulgada pelo Portal G1 e também pela GloboNews.
A prisão ocorre dentro do inquérito que investiga os movimentos antidemocráticos e não tem relação com a investigação sobre “Fake News”. O mandado atende a um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). O G1 tenta contato com a defesa.
Ao todo, seis pessoas foram presas. As identidades dos outros cinco detidos não haviam sido divulgadas até a publicação desta reportagem.
Ao autorizar a abertura do inquérito, em maio, Moraes disse que “é imprescindível a verificação da existência de organizações e esquemas de financiamento de manifestações contra a Democracia e a divulgação em massa de mensagens atentatórias ao regime republicano, bem como as suas formas de gerenciamento, liderança, organização e propagação que visam lesar ou expor a perigo de lesão os Direitos Fundamentais, a independência dos Poderes instituídos e ao Estado Democrático de Direito, trazendo como consequência o nefasto manto do arbítrio e da ditadura”.
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Hoje apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contra o movimento feminista, em 2014 Winter entrou com pedido de cassação do mandato de Bolsonaro, quando o atual mandatário do país atuava como deputado. Na época, Bolsonaro havia declarado que “não estupraria a ex-ministra Maria do Rosário porque ela não merece”.
Winter ficou conhecida anos antes, em 2012, quando participava do Femen, grupo feminista de origem ucraniana que organizou protestos na Eurocopa.