CLÁUDIO HUMBERTO
Tanto quanto os opositores, o presidente Jair Bolsonaro confundiu alhos com bugalhos, ao transferir sua comunicação social para o recriado Ministério das Comunicações. Um setor nada tem com a outro e, sob certos aspectos, são até conflitantes. A recriação do ministério confiado a Fábio Faria foi positiva para o governo, mas, se a extinta Secretaria de Comunicação Social (Secom) fracassou em suas atribuições, o melhor a fazer seria demitir o secretário Fábio Wajngarten e não “vender o sofá”.
PAPEL DIFERENTE
O Ministério das Comunicações trata de aspectos técnicos e regulação de radiodifusão, telecomunicações, internet etc, e não de notícias.
ZERO À ESQUERDA (OPS)
Wajngarten deveria divulgar ações do governo, mas falhou nessa tarefa e nem mesmo ajudou Bolsonaro em suas dificuldades com os veículos.
QUESTÃO DE TEMPO
No Planalto a aposta é que Wajngarten fica pouco tempo na secretaria-executiva do Ministério das Comunicações. Logo arrumará confusão.
ERA UM VEXAME
Dirigentes de empresas e da agência reguladora Anatel diziam que eram constrangedoras as reuniões com o ministro Marcos Pontes, quando ele cuidava das Comunicações. Nada entendia do assunto. Um vexame.
IGNORÂNCIA
Sérgio Moro também ignora o papel do Ministério das Comunicações, que chamou “Propaganda”, para insinuar semelhança com o homônimo da Alemanha nazista. Mas só confirmou seu desconhecimento.
FALTOU LEMBRAR
Sem destaque na mídia, o mundo passou de 4 milhões de curados do Covid-19. Além de serem mais da metade dos infectados, 98% dos ainda doentes têm infecções leves. Notícia boa não dá audiência?
VAI PRA CASA, PADILHA
Ameaçado de demissão nesta segunda (15), se os ônibus continuassem lotados, o secretário de Transportes da cidade de São Paulo, Edson Caran, demitiu-se na sexta (12). Em vez da dignidade de voltar para casa, concordou em permanecer no cargo até encontrarem substituto.
REPOUSO NO CAMPO
O governador do DF, Ibaneis Rocha, passa alguns dias no lugar que adora: sua fazenda em Correntes, no Piauí. Aproveitou a sexta-feira para cavalgar, curtindo a paisagem e o gado nelore de sua criação.
QUE COISA FEIA
Iracema Portela (PP-PI) é mais uma deputada federal acusada do crime de “rachadinha”. Outra é Érica Kokay (PT-DF), mas o tempo passa e ela nunca é julgada, Sobrinha de Petrônio Portella, o ministro da Justiça da abertura política, Iracema é a ex do senador Ciro Nogueira (PP-PI).
SÃO UNS ARTISTAS
Reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, que é do tipo contrário à ideia oportunista de prorrogar mandatos de prefeitos e vereadores, defende prorrogar o mandato dos atuais reitores. Meu pirão primeiro.
BOA NOTÍCIA
Para 52,7% de executivos latino-americanos, reduzir custos é o caminho para proteger empregos durante a pandemia, diz pesquisa PageGroup. Só 7,1% dos 3 mil executivos priorizaram a redução salarial.
PENSANDO BEM…
…Wajngarten e Weintraub dão mais trabalho para o governo do que para quem escreve seus sobrenomes.