CLÁUDIO HUMBERTO
Burocratas ligados à área econômica do governo federal tentam já há algum tempo emplacar uma medida provisória que vire lei protegendo-os de punição por erros que tenha cometido no exercício de suas funções. Antes de convencer Jair Bolsonaro a assinar a MP 966, alterada nesta quinta (21) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), esses burocratas, na maioria concursados, fizeram idêntica investida no governo anterior, mas o então presidente Michel Temer se recusou a endossar a “blindagem”.
BUSCA DE SEGURANÇA
Essa flexibilização prevista na MP, barrada por Michel Temer em 2018 e assinada agora por Bolsonaro, objetiva dar mais segurança ao servidor.
MEDO DE PROCESSOS
Há grande temor de servidores em assinar qualquer coisa, nos governos: eles acham que o ministério público “vê erro até onde não tem.”
É SÓ ANDAR NA LINHA
A assessoria de Michel Temer, que o aconselhou a brecar a MP dos burocratas, indicam a solução para evitar processos: “andar na linha”.
CONTRA APROVEITADORES
Os burocratas que redigiram a MP, a rigor, não estão mal-intencionados. Mas o texto abre caminho para aqueles que se aproveitam de brechas.