A propagação do coronavírus em todo o mundo faz aumentar a necessidade de uma manutenção ainda mais rigorosa dos aparelhos de ar condicionado. A afirmação é do diretor da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA/BA), Mauricio de Faria, lembrando que “o ar condicionado não é um vilão, mas pode se tornar um vilão se não estiver em dia com a manutenção, essencial para conter a propagação do coronavírus e outros vírus em ambientes domésticos, empresariais e hospitalares”.
Segundo informa Mauricio de Faria, o vírus, seja ele qual for, não tem como se locomover sozinho. Ou ele se propaga através do contato físico, das gotículas geradas por um espirro, da poeira em suspensão, ou ele precisa de um veículo que o transporte. “O ar condicionado pode ser este veículo se não tiver promovendo uma boa filtragem e apresentando condições de temperatura e umidade adequadas para que os vírus não consigam se propagar. A boa manutenção precisa envolver os filtros, serpentinas e dutos e deve ser feita por técnicos especializados”, observa.
A ABRAVA, desde que explodiu a questão do coronavírus, vem realizando palestras, difundindo vídeos e outros meios de divulgação para todos os públicos sobre a necessidade de inibir o ar condicionado como vetor de transmissão, mediante limpezas realizadas dentro dos prazos técnicos estabelecidos. No caso dos ambientes comerciais, industriais e hospitalares, as empresas (como escolas, hospitais, clínicas, hotéis, supermercados, restaurantes, lojas, shoppings center, etc) precisam cumprir a regulamentação específica do PMOC (Plano de Manutenção, Operação e Controle), baseada na Lei 13.589/2018, que obriga a manutenção periódica dos aparelhos e sistemas de ar condicionados de acordo com parâmetros e condicionantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
“Da mesma forma que se combate a dengue evitando água parada, se combate o vírus fazendo uma boa manutenção dos aparelhos de ar condicionado, com o trabalho de empresas e técnicos especializados”, conclui Mauricio de Faria.