
Em reunião da bancada federal da Bahia com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, o deputado Leur Lomanto Jr. (DEM), expôs os problemas nas rodovias baianas e pediu o imediato cancelamento do contrato de concessão da Via Bahia com o Governo Federal, nas BRs 116 e 324.
O parlamentar destacou a situação da 116 e reivindicou que o Ministério da Infraestrutura reinicie as obras de duplicação, dando prioridade ao trecho da Serra do Mutum, entre Jaguaquara e Jequié, local com alto índice de acidentes. O deputado ressaltou também a necessidade de recuperação do anel rodoviário, como forma de beneficiar o tráfego da região
“Há muito tempo a população de Jequié vem clamando por essas obras que vão oferecer mais segurança para os motoristas, pois lamentavelmente muitas tragédias têm ocorrido no trecho, onde muitos riscos são apontados. Contamos com a sensibilidade do ministro Tarcísio, em relação a esses relevantes pleitos que vão favorecer Jequié e toda a região. Estamos esperançosos que as obras ocorram logo em breve, preenchendo essa enorme expectativa de melhorias na rodovia. Em relação a Via Bahia, são lamentáveis às irregularidades e a falta de cumprimento de alguns itens do contrato por parte da empresa, fatores que justificam à urgência no cancelamento de sua operação”, afirmou.

Concessão foi no governo de Lula
A Via Bahia administra 680 quilômetros de estradas, incluindo trecho da BR 324 – Rodovia Eng° Vasco Filho entre Salvador e Feira de Santana e o trecho da BR 116 – Rodovia Santos Dumont entre Feira de Santana e a divisa com o estado de Minas Gerais. A concessão foi conquistada em 2009, no governo de Lula. O governador da Bahia era Jaques Wagner.
Recentemente, o próprio ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, chegou a anunciar uma ofensiva judicial para romper os contatos de concessão das BRs 116 e 324, firmados entre o governo federal e a Via Bahia. O ministro escalou a equipe jurídica da pasta para elaborar um dossiê sobre todos problemas ocorridos nos trechos das duas rodovias sob responsabilidade da concessionária. Em especial, itens previstos nos contratos que não teriam sido cumpridos pela empresa e a falta de manutenção adequada nas estradas em que ela opera com sete praças de pedágio, cuja extensão vai de Salvador à divisa com Minas.