A Sala Eliel Martins ficou lotada na manhã desta quarta-feira (20) para o debate promovido pela audiência pública “Bacias Hidrográficas – Impactos Ambientais e a Gestão na Bahia”, presidido pelo deputado estadual José de Arimateia (Republicanos), Presidente da Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa da Bahia.
A discussão sobre a segurança das barragens, passando por crise hídrica em algumas regiões do estado, conflitos pelo uso destes recursos, além da situação do Rio Itapicuru e do Rio Utinga foram debatidos durante a Audiência Pública “Bacias Hidrográficas – Impactos Ambientais e a Gestão na Bahia”, que ocorreu ontem (20) Na Assembleia Legislativa da Bahia.
O evento que reuniu o deputado estadual Aderbal Caldas (PP), proponente da Audiência, representantes da Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa), do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), do Comitê da Bacia Hidrográfica de Itapicuru-BA, além de cinco deputados, outras autoridades e a sociedade civil organizada.
“Após o debate, nós pudemos ver que existe uma falta de sintonia entre os órgãos competentes, as câmaras de vereadores de cada município e o Governo do Estado enquanto administrador das bacias”, analisou o deputado José de Arimateia, citando como exemplo a falta de fiscalização do Inema em muitas barragens visitadas pela Comissão.
Ao abordar o tema da poluição, o deputado apresentou um vídeo que mostrou imagens do Rio Paraguaçu, próximo a São Félix-BA, poluído em grande extensão com uma espuma de origem desconhecida, denúncia apresentada pelo deputado estadual Jurailton Santos (Republicanos). “É preciso que tomemos providência, que achemos o culpado. Deixo aqui nas mãos do INEMA e da Embasa”, protestou Jurailton, que opinou ser esta a mais importante de todas as audiências públicas por tratar da água, um bem de primeira necessidade.
“O Inema tem as suas tarefas definidas institucionalmente e procura cumprir, mas as questões de meio ambiente e principalmente da água, é muito difícil que o Estado sozinho possa cumprir esse papel se o cidadão não colaborar. Ajudaria muito se as pessoas viessem cumprir sua obrigação de informar. Gestão de águas sem a boa participação da sociedade é difícil”, contestou o Coordenador de recursos Hídricos do INEMA, Bruno Jardim.