“O guardador de carro sindicalizado é ao mesmo tempo um agente de segurança e um arrecadador municipal” avalia o deputado estadual Heber Santana (PSC), analisando os impactos econômicos e sociais que a implantação da Zona Azu Digital provocará nessa categoria de trabalhadores e suas famílias.
O parlamentar acompanhado pelo presidente do Sindguarda, Melquisedeque Matos de Souza, discutiu o tema com o secretário municipal de Mobilidade Urbana (Semob), Fábio Reis Mota.
O Sindguarda tem tratado do assunto com o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller Martinez, e todos estão empenhados em envolver todos os agentes na busca da melhoria da qualidade dos serviços, mas atentos às questões sociais e relação de emprego e renda, conforme destacou Melquisedeque Matos.
“O avanço tecnológico é importante, mas precisamos também pensar nas famílias dos guardadores que dependem dessa atividade para sobreviver”, ponderou o deputado, apontando a possibilidade de desempregos no setor. De acordo com o presidente do Sindguarda, a entidade conta com 800 guardadores sindicalizados em Salvador, atuando na Zona Azul. Melquisedeque Matos diz que “queremos saber como será a atuação e o ganho do guardador com a implantação do sistema digital, e como será a fiscalização para saber se o motorista utilizou mesmo o serviço online”.
Melquisedeque Matos explica que em cada cartela do Zona Azul o guardador ganha apenas R$ 1,00 (33,4%), ficando a prefeitura com 60% do valor da cartela, e o Sindguarda com 6,6%. Em média, cada guardador percebe entre R$ 800,00 e R$ 900,00 por mês.