O presidente Michel Temer aproveitou sua viagem a São Paulo nesta sexta-feira (8) para se encontrar com o ex-assessor do Palácio do Planalto e advogado José Yunes. A reunião ocorreu cerca de uma semana depois de Yunes ter prestado depoimento à Polícia Federal (PF) para prestar esclarecimentos em relação a informações relatadas aos investigadores pelo operador financeiro Lúcio Funaro, que fez delação premiada com o Ministério Público.
O encontro desta sexta-feira entre Temer e o ex-assessor, segundo o Blog apurou, ocorreu no escritório do presidente da República na capital paulista.
O encontro desta sexta-feira entre Temer e o ex-assessor, segundo o Blog apurou, ocorreu no escritório do presidente da República na capital paulista, entre compromissos oficiais. A reunião com Yunes, no entanto, não constava da última atualização de agenda do presidente.
Em sua delação, Funaro disse, entre outras informações, que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) pediu a ele, em 2014, que retirasse R$ 1 milhão que seriam de Temer no escritório de Yunes, em São Paulo, e enviasse o dinheiro para Salvador.
Em entrevista à GloboNews em fevereiro, Yunes disse ter servido de “mula involuntária” de Eliseu Padilha, atual ministro da Casa Civil. Na versão de Yunes, o ministro pediu a ele que recebesse um documento no escritório, que depois seria recolhido por outra pessoa. José Yunes concordou. A pessoa seria Funaro.
O operador financeiro também disse em delação premiada que Yunes era um dos responsáveis por administrar as propinas supostamente pagas ao presidente e por fazer o “branqueamento” dos valores.
De acordo com Funaro, para lavar o dinheiro e disfarçar a origem, o ex-assessor do Planalto investia os valores ilícitos em sua incorporadora imobiliária. O Blog não conseguiu contato com o advogado de Yunes, José Luis de Oliveira Lima.