O presidente Michel Temer aguarda somente a saída do procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, do comando do cargo para conseguir revisar todas as delações premiadas nas quais é citado. Segundo a comentarista política Andréia Sadi, da GloboNews e do portal G1, o peemedebista mantém o foco na delação da JBS, que teve seu conteúdo revelado em maio, onde o empresário Joesley Batista apresenta gravações de conversas com o presidente da República no Palácio do Jaburu.
No encontro, a dupla discutiu uma espécie de “cala boca” a Eduardo Cunha para que o ex-presidente da Câmara não delatasse. Ainda de acordo com a colunista, Temer disse a aliados que, após a saída de Janot da PGR, espera encontrar um ambiente “menos hostil” a ele na Procuradoria-Geral da República. Antonio Claudio Mariz, seu advogado, foi autorizado a reunir um extenso material para contestar a delação de JBS. Janot deixa o comando da PGR no dia 17 de setembro, e será substituído por Raquel Dodge, que foi flagrada se reunindo com Temer na semana passada, nas dependências do Jaburu, em encontro fora da agenda.