A Secretaria Municipal de Educação (Smed) informa que as negociações com os professores da rede municipal não se esgotaram e que o diálogo com a APLB permanece de forma aberta e democrática. Nesse contexto, o posicionamento da Smed é de que as negociações ocorram sem prejuízos aos alunos da rede municipal, ou seja, com a continuidade normal das aulas.
Neste ano, parte dos alunos da rede pública municipal já enfrentou 14 dias de interferência em sua rotina diária, por conta da manifestações organizadas ou com a participação da APLB. Esse número só não foi maior porque a maior parte dos docentes não aderiram aos movimentos. Quem aderiu, além de prejudicar o andamento do ano letivo, provoca transtornos aos pais que muitas vezes não ficam em casa durante o tempo em que os filhos estão na escola. Só para efeito de comparação, na rede privada, ao longo deste ano, houve apenas dois dias de paralisação.
É importante frisar que a rede municipal de Salvador é uma das que melhor paga aos seus profissionais da educação. Conforme estudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC), o salário médio padronizado para 40 horas semanais de Salvador é 58% superior ao índice geral dos municípios brasileiros. Quando comparado ao estado da Bahia, essa diferença se aproxima de 57%.