O julgamento de Elize Matsunaga, acusada de matar e esquartejar o marido Marcos Kitano Matsunaga em maio de 2012 entra nesta quarta-feira (30) em seu terceiro dia no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo.
Seis testemunhas já foram ouvidas: duas babás, um detetive, um delegado, o irmão da vítima e um funcionário da empresa Yoki. Ainda faltam ser ouvidas 13 testemunhas, entre eles peritos que analisaram o local do crime e o corpo esquartejado de Marcos.
Elize é ré confessa do crime. O julgamento vai definir o tempo de pena que ela deverá cumprir. Ela responde por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, crueldade e sem chances de defesa, o que pode agravar a pena.
Ontem, segundo dia de julgamento, o delegado Mauro Dias, responsável pelo indiciamento de Elize Matsunaga, disse que motivo do crime foi traição e reforçou que Elize agiu sozinha. Segundo ele, Elize Matsunaga “era exímia atiradora” e “conseguiu enganar todo mundo”. Segundo o delegado, Elize esperou a babá chegar para começar o esquartejamento de Marcos.
O delegado disse que peritos constataram que Marcos começou a ser esquartejado pela mulher quando ainda estava vivo. “Cortou nos lugares certos”, disse o delegado. Segundo o delegado, os cortes no corpo de Marcos foram feitos “de uma forma que muitos cirurgiões não conseguem”. Ele falou que ao descobrir que Elize era enfermeira, viu que estava no caminho certo.
Elize não queria que a polícia verificasse as câmeras de segurança do prédio. Dias diz que desconfiou de Elize também quando viu que saco de lixo que ela tinha em casa era igual ao encontrado com membros de Marcos. ‘Não era um saco de lixo comum’, disse o delegado.