O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta nesta terça-feira (25) que “faltou reprimenda” da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, ao juiz federal Vallisney Souza Oliveira.
Na semana passada, o juiz autorizou a Operação Métis, da Polícia Federal, na qual foram presos, no Senado, quatro policiais legislativos. Nesta segunda (24), Renan já havia dito que um “juizeco” de primeira instância não pode, a qualquer momento, “atentar contra um poder”.
Renan fez a afirmação sobre a “reprimenda” nesta terça, após ter sido questionado por jornalistas, durante entrevista coletiva no Senado, sobre o que achou de declaração da presidente do STF.
Pela manhã, durante sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a ministra pediu “respeito” ao Judiciário e defendeu a atuação do juiz. “Onde um juiz for destratado, eu também sou”, afirmou Cármen Lúcia.
“Eu concordo com a manifestação da ministra Cármen Lúcia. Ela fez exatamente, como presidente do STF, o que eu fiz ontem [segunda, 24] como presidente do Senado Federal. Eu acho que faltou uma reprimenda ao juiz de primeira instância que usurpou a competência do Supremo Tribunal Federal”, declarou Renan Calheiros nesta terça.
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa de Renan Calheiros informou que, ao mencionar a falta de reprimenda ao juiz, ele se referia à ministra Carmen Lúcia.
“Enquanto esse juiz ou qualquer juiz continuar a usurpar a competência do Supremo Tribunal Federal contra o Legislativo, eu, sinceramente, não posso chamá-lo no aumentativo”, acrescentou o presidente do Congresso Nacional, em referência à expressão “juizeco”. (G1 Brasília/Gustavo Garcia)