Eleita nesta quarta-feira (10) para presidir o Supremo Tribunal Federal (STF) nos próximos dois anos, a ministra Cármen Lúcia deixou claro que quer ser chamada de presidente, não “presidenta” – como a presidente afastada Dilma Rousseff solicitava. A provocação foi feita pelo ministro Ricardo Lewandowski, que deixará o cargo em setembro para dar lugar a Cármen.
“Eu fui estudante e sou amante da língua portuguesa e acho que o cargo é de presidente, não é?”, disse Cármen.
“É bom esclarecer desde logo”, respondeu Lewandowski. Quando Cármen terminou de falar, o ministro Gilmar Mendes fez uma rápida intervenção para citar o termo “presidenta inocenta”, usado pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) na sessão de anteontem que tornou Dilma ré no processo de impeachment.
Mineira, Cármen foi indicada ao tribunal em 2006 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ministra foi advogada e procuradora do Estado de Minas Gerais. Ela será a segunda presidente mulher do Supremo. (Estado de S. Paulo)