A tarefa estava longe de ser fácil. Afinal, do outro lado estava uma seleção que foi medalhista nas últimas cinco edições dos Jogos Olímpicos. Mesmo assim, a equipe feminina de basquete do Brasil lutou muito, ficou à frente do placar grande parte do jogo, mas foi derrotada pela Austrália na estreia da equipe nos Jogos Olímpicos Rio 2016: 84 a 66.
Com um quinteto inicial formado por Adrianinha, Iziane, Damiris, Clarissa e Érika, a seleção começou o jogo com tudo e teve um aproveitamento nos arremessos de quadra de 83% no primeiro quarto, vencendo a parcial por 24 a 14. No segundo quarto, a Austrália reduziu a vantagem e foi para o intervalo perdendo por apenas quatro pontos: 39 a 35.
Iziane e Clarissa estavam inspiradas – a primeira terminou o jogo com 25 pontos e a segunda com 10 rebotes – e ajudaram o Brasil a fazer 47 a 40 antes da metade do terceiro período, mas três minutos irreconhecíveis, sem nenhum ponto, possibilitaram à Austrália a virada no placar. No fim, derrota por 18 pontos de diferença.
Na saída de quadra, as jogadoras apresentaram um discurso semelhante: o Brasil equilibrou a partida nos três primeiros quartos, mas não manteve a mesma pegada na última parcial. Para a pivô Damiris, que atua no Atlanta Dream, o jogo equilibrado diante de uma potência do basquete feminino prova que a seleção brasileira pode sonhar com algo a mais nos Jogos Rio 2016. Mas fez um alerta:
“O primeiro quarto foi perfeito. Tudo o que treinamos conseguimos colocar em prática. Na volta para o terceiro quarto, entramos meio displicentes e isso aqui são Jogos Olímpicos. Isso não pode acontecer”, alertou Damiris.
Para a ala-pivô Clarissa, do Chicago Sky, a experiência de participar dos Jogos em casa foi algo ímpar. A emoção já começou com a execução do hino nacional brasileiro.
“O Rio de Janeiro é a minha cidade e tive a presença dos meus familiares e amigos aqui no ginásio hoje. A energia tem que continuar para que possamos realizar bons jogos e conseguir as vitórias neste torneio olímpico. Temos que arrumar os erros desta partida e não temos tempo para chorar. Cabeça erguida para fazer valer o fator casa”, analisou Clarissa.
A seleção brasileira feminina de basquete está no Grupo A, ao lado de França, Turquia, Belarus e Japão. As japonesas são as próximas adversárias da equipe de Antônio Carlos Barbosa, na segunda-feira, às 17h30 (horário de Brasília), novamente na Arena da Juventude.