Fora a prisão da secretária executiva Maria Lúcia Tavares pela Lava Jato, o cerco a outro baiano na Operação Acarajé também provocou inquietação entre políticos petistas do estado. Sobretudo, os que gravitam no núcleo próximo ao ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli.
Levado anteontem para prestar esclarecimentos à Polícia Federal no Rio de Janeiro, o ex-chefe de gabinete de Gabrielli, Armando Tripodi, o Bacalhau, entrou no radar dos investigadores federais a partir da delação premiada do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, que revelou suas relações com empreiteiras acusadas de participar do esquema de corrupção.
Cria do Sindicato dos Petroleiros da Bahia e doador de campanhas do PT, Tripodi foi nomeado gerente de Responsabilidade Social da Petrobras logo após a saída de Gabrielli. Passou a controlar os gordos investimentos da companhia em projetos sociais desenvolvidos por ONGs, algumas delas suspeitas de servir de duto para o caixa 2 de campanhas do PT estadual.(Coluna Satélite/Correio)