Os líderes da base aliada do Congresso têm duas certezas: o Palácio do Planalto está conduzindo mal a tramitação da PEC dos Magistrados e o caldo está às vésperas de entornar.
Representantes da tropa de choque do governo já avisaram que não conseguirão segurar a votação do projeto por muito tempo e pediram à turma de Dilma Rousseff para chamar a categoria num canto e ouvir, ou seja, reabrir negociação para estancar o assunto no Legislativo.
Os líderes alertam: com o poder de lobby do Judiciário, não convém deixar o pepino apenas nos gabinetes do Parlamento. Seria preciso o executivo agir o quanto antes. O recado já chegou a Aloizio Mercadante e Ricardo Berzoini. E até agora, nada…
A base tem como fatura liquidada: quando a PEC sair da Comissão de Constituição e Justiça e voltar ao plenário, não haverá como conter os danos.
A PEC significa um acréscimo de 3 bilhões de reais ao ano ao caixa do Tesouro. Se for retroativa, essa fatura decuplica. Sua aprovação será um desastre para as contas públicas.
Hora do lobby – Ricardo Lewandowski vem torcendo por duas coisas: que Joaquim Barbosa saia logo e que o Congresso aprove de uma vez a PEC dos Magistrados. A primeira é questão de tempo e a segunda, de lobby.
Lewandowski continua mantendo contato frequente com os senadores para pedir celeridade na tramitação do projeto, tido pelo Palácio do Planalto como a bomba mais preocupante do momento (Leia mais aqui).
Lewandowski já mapeou os principais aliados na empreitada: Renan Calheiros, Eunício Oliveira, Eduardo Braga e outra boa parte do PMDB do Senado. (Radar On-line)