Segundo matéria do jornal O Estado de São Paulo, assinada por Fábio Fabrini e Bernardo Caram, Argôlo pediu à Câmara o reembolso de seis notas fiscais, no valor de R$ 5 mil cada, pelo aluguel de veículos durante seis meses dos anos de 2011 e 2012. Os comprovantes de janeiro, fevereiro e março de 2012 descrevem a locação de uma Pajero.
A Operação Lava Jato investiga esquema bilionário de lavagem de dinheiro, do qual Youssef seria pivô. A PF flagrou intensa troca de mensagens entre ele e o deputado. Numa delas, Argôlo indica duas contas bancárias, uma em nome da União Brasil, para que o doleiro depositasse R$ 110 mil, valor que teria sido usado para a compra de gado.
Nas mensagens, o congressista é identificado como “LA”. A informação foi publicada pelo jornal “Folha de S. Paulo”. Segundo o inquérito, o congressista também teria recebido R$ 120 mil do doleiro, depositados na conta de um assessor.
Nos registros da Receita Federal, a União Brasil, fundada em 2007, tem diversas atividades, que vão da locação de veículos à limpeza de prédios e ao comércio de calçados. Formalmente, é controlada pela família Ouais. Três dos sócios – Adílson Cruz, Edimilson e João Batista Ouais – trabalharam para Argôlo quando era deputado estadual, segundo registro no Diário Oficial da Bahia. João Batista também foi funcionário comissionado na Câmara. (Estadão)