Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
O superintendente regional do Ministério do Trabalho em São Paulo, Luiz Antonio Medeiros, disse hoje (1º) que as obras das obras de construção das arquibancadas temporárias da Arena Corinthians, o Itaquerão, estavam irregulares.
De acordo com Medeiros, os operários não dispunham de equipamentos coletivos de segurança e tinham dificuldade para usar os individuais.
Medeiros disse que o esquema usado no Itaquerão tornava difícil aos operários ter segurança pessoal. “Tanto é que, quando nós chegamos lá para interditar, ninguém estava usando o equipamento de segurança [individual], nem o encarregado [da obra] e a norma diz que tem de haver proteção coletiva. E, na visão do Ministério do Trabalho, não havia”, acrescentou.
A Superintendência recomenda o uso de uma rede de proteção para os operários.
As obras das arquibancadas temporárias ficarão embargadas pelo menos até quinta-feira (3), quando haverá nova reunião entre a Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego e a Fast Engenharia, empresa responsável pela obra. Os técnicos em segurança exigem a instalação de guarda-corpos e de cordas de segurança transversais e longitudinais, além da apresentação de um projeto de proteção coletiva para a obra.
Apesar de afirmar que houve irregularidade da empresa, Medeiros ressalvou que a fiscalização da obra também foi falha, e só percebeu os problemas após a ocorrência do acidente. “Nós temos 400 fiscais [no estado de São Paulo] para milhões de obras. Não é possível que tenhamos um fiscal em cada obra”, defendeu-se.