O radialista e jornalista Jeolino Xavier Lopes, conhecido como Gel Lopes, 44 anos, diretor e editor do site Portal N3, foi assassinado com seis tiros por volta das 21h15 desta quinta-feira (27), em Teixeira de Freitas, no extremo-sul da Bahia. Ele estava dentro do carro de reportagem do portal, um Voyage, em companhia da namorada quando foi alvejado por quatro homens encapuzados que chegaram em um veículo modelo Corola de cor preta.
Gel Lopes estava em companhia da namorada Daniele Ferreira dos Santos, 25 anos, que acabou ferida na perna direita por um projétil de arma de fogo. Daniela revelou que não conseguiu identificar os assassino porque a ação foi muito rápida. Os disparos aconteceram, segundo disse, no momento que ela se preparava para abrir a porta e a única coisa que conseguiu observar, foi um carro claro fugindo em direção ao mesmo sentido do carro da vítima.
No local os peritos Manoel Garrido e Everton dos Anjos recolheram no chão três cápsulas calibre 9mm e um projétil. Outro projétil foi localizado na caixa de ar do painel do carro da vítima. Segundo o perito criminal Manoel Garrido, o jornalista Gel Lopes foi assassinado com 6 perfurações, duas que lhe atingiram a parte baixa da cabeça e quatro na região do tórax.
Segundo reportagem do site Teixeira News, Gel Lopes já havia lançado a sua pré-candidatura a deputado federal por Teixeira de Freitas para as eleições de 2014. Ele era aliado político do deputado estadual Jurandir Cunha Oliveira (PRP). ”A política era sua grande paixão”, informou o Teixeira News.
A presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia, jornalista Marjorie Moura, condenou o assassinato e afirmou que essa violência não é somente um atentado contra os direitos humanos do cidadão, mas representa um preocupante ataque aos princípios democráticos do Estado de Direito que, entre outras conseqüências, traz sérios prejuízos à liberdade de expressão e ao direito dos cidadãos ao acesso à informação. “Essa violência ocorre, em geral, porque há segmentos que entendem que o exercício do jornalismo atrapalha seus interesses e impedem que eles se realizem. O problema é que se isso não for combatido com efetividade, a situação deixa de ser um crime espontâneo e passa a representar uma ação organizada de enfrentamento ao Estado”, disse.(Com informações do Teixeira News)