O clima de divisão na oposição, após o anúncio de que o ex-governador Paulo Souto (DEM) aceitou o desafio de ser o candidato do grupo na eleição, posição até então explicitada, apenas pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) ficou para trás, conforme avaliações de bastidores. Consta que a elevação dos ânimos com supostas incertezas sobre o futuro da aliança do DEM, PSDB e PMDB teria acalmado depois de muitas conversas lideradas pelo prefeito ACM Neto (DEM), que não quer ver a oposição esfacelada no pleito de 05 de outubro.
Segundo matéria de Lilian Machado, hoje, na Tribuna, o prefeito tem convocado os líderes partidários e os pré-candidatos a participarem de constantes reuniões que buscam a afinidade do discurso até a definição do postulante e anúncio, fato que deve acontecer depois da festa de Momo.
Nos últimos encontros, participaram Souto, Geddel, além de deputados e líderes de bancadas, com o propósito de permanecerem unidos na decisão. Neto teria exposto assuntos que têm exigido muita habilidade na condução, a exemplo do IPTU, as novas leis a serem formuladas da Louos e do PDDU e até mesmo as prioridades de projetos com os empréstimos que o poder municipal deve tomar junto ao Banco Mundial. Isso tudo seria parte da estratégia de não deixá-los soltos, o que possibilitaria abertura de espaço para um afastamento.
Nos bastidores, oposicionistas admitem que o clima pesou após o sim de Souto, já que Geddel trabalha há muito tempo para ser o candidato, mas a situação foi “contornada com muita competência” na última semana pelo alcaide.
Ainda sem oficializar o nome que irá encabeçar a chapa, a oposição ainda não formou estratégias, mas sinaliza que o embate já começou. Segundo líderes partidários, o cenário é de “conversações internas”, sem grandes novidades, por enquanto. De olho nos passos do candidato do governador Jaques Wagner (PT), o secretário da Casa Civil, Rui Costa (PT), para as eleições de outubro, o DEM entrou com uma representação no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) contra o titular. Os democratas alegam que Rui, que ainda exerce o cargo de secretário, tem usado a máquina para fazer campanha eleitoral em horário de expediente. “Se o candidato do PT quer fazer campanha que se desincompatibilize como fizeram os demais secretários”, provocou o presidente estadual do partido Paulo Azi.(Tribuna)