Um grupo maior de países emergentes poderia sofrer mais intensamente os efeitos negativos do fim do estímulo monetário nos Estados Unidos, afirmou nesta quinta-feira a edição impressa do jornal britânico Financial Times. Segundo o FT, Hungria, Chile e Polônia também estariam consideravelmente expostos à decisão do Fed – o Banco Central americano. Inicialmente, os mercados acreditavam que o risco maior pairava sob os chamados “Cinco Frágeis”.
O termo “Cinco Frágeis”, que engloba Brasil, África do Sul, Índia, Indonésia e Turquia, foi cunhado pelo banco de investimentos Morgan Stanley para denominar o grupo de nações mais vulneráveis ao fim do quantitative easing, ou afrouxamento monetário.
O jornal britânico acrescenta que Venezuela, Argentina e Ucrânia também correm riscos, mas ressalva que a fragilidade desses países estaria muito mais relacionada às incertezas domésticas do que aos efeitos de um eventual fim dos estímulo monetário nos EUA.
Segundo o Banco Mundial, na eventualidade de o ajuste se provar “desordenado”, os fluxos financeiros para os países menos desenvolvidos poderiam cair até 80% por vários meses.
Em seu relatório, o Banco Mundial afirma que o cenário mais provável é que haja um ajuste suave à redução de liquidez da economia americana. Mas a instituição prevê uma elevação dos juros de longo prazo nas maiores economia do mundo em 2 pontos percentuais.(BBC Brasil)