Autor de “Amores Roubados”, uma das séries recentes de maior audiência na Globo, George Moura diz que a dedicação de Cauã Reymond e de Isis Valverde para compor seus personagens “é maior” que os rumores sobre suposto romance dos dois atores durante as gravações. O roteirista afirma também ser desnecessário “apelar” para fazer sucesso na TV aberta. Envolvido com a edição dos capítulos, Moura falou à coluna de Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo. Veja trechos da entrevista:
A suposta mistura entre ficção e realidade, envolvendo Cauã e Isis, prejudicou ou ajudou?
Acredito que o trabalho de construção de Cauã para Leandro Dantas e de Valverde para Antônia Favais são maiores e mais verticais do que esse suposto envolvimento. Os dois são talentos incríveis e que tiveram uma dedicação e entrega verticais em “Amores Roubados”. Se as fofocas ajudaram ou prejudicaram a minissérie, é impossível de se aferir.
Por que a personagem de Isis critica o “abandono” ao ver as obras de transposição do rio São Francisco?
A cena nasceu quando, no período de pesquisa, buscávamos a geografia física onde a minissérie se passaria. Em viagem de locação, ainda antes do roteiro, rodando de carro pelo sertão de Pernambuco, me deparei com uma gigantesca obra inacabada. Era um dos canais da transposição. O estado de abandono e sensação de desperdício de dinheiro bateram forte em mim. Fiquei olhando ao redor e vendo a terra estorricada.