CLÁUDIO HUMBERTO
O “gigante acordou” e está rindo até hoje do punho erguido do Genoino preso, da Dilma com o cachorro atrás da criança e do Mantega derretendo o PIB para virar asfalto nas obras do PAC. De piada em piada, o Brasil elegeu deputado presidiário, desabou estádio antes da Copa, criou a inflação sem dois dígitos, o pleno emprego dos desempregados, Bolsa Família para gato de madame e ainda faliu o Eike e a Petrobras com o nosso dinheiro. A piada só não foi mais engraçada porque Obama já conhecia. Dela a coluna extraiu os troféus que distribui todos os anos, num esforço para rir por último em 2014.
Não Pessoa do Ano – Se o Papa “sempre na rua” é a Pessoa do Ano na Time, Rosemary Noronha é a Não Pessoa do Século pela insistência em “desaparecer”.
Mico de Pelúcia – Fofo, o troféu é de José Genoino, pelo anúncio de desodorante com o punho erguido rumo à cadeia. Poderá chorar com ele na cama, que é lugar para curar a dor de cotovelo da ausência de Lula na cela.
Prêmio Infraero – É das três “malas” que Obama enviou para azucrinar a Dilma: rodando sem dono na esteira, Edward Snowden, o jornalista americano e o namorado ainda acabam despachados a Cuba por erro da fiscalização.
Troféu Gripen – Roga-se às autoridades e outros ministros voadores da FAB que abram a janelinha para receber os prêmios: miniaturas de papel dos caças que o Brasil comprou por R$ 10 bilhões da Suécia, mas não chegaram.
Cipó do brejo – Antes que desmilingue, o prêmio vai para uma espécie exótica da flora política, onde Aécio Neves e Eduardo Campos se penduram por conta e risco: Marina Silva, que costuma virar abobrinha antes da eleição.
Troféu Frankenstein – Ele já é hors concours: criador da Economia com “duas pernas mancas”, o ministro Mantega leva uma réplica do monstro com um parafuso na cabeça e a língua presa, para ver se enfim assusta Dilma.
Prêmio Caxirola – O troféu é dos black-bloc, que fizeram muito barulho, mas sumiram quando acabaram os R$ 0,20 dos caixas eletrônicos que quebraram. Infernizem Gilberto Carvalho com a geringonça do Carlinhos Brown. Ainda tem os R$ 0,20 do “flanelinha” da prefeitura do Rio, que deixou o Papa engarrafado no trânsito, sem ser assaltado. Imagina na Copa!
Troféu Batman – Vai para Joaquim Barbosa, o capa preta mascarado mais temido de Mensalão City: uma foto do Coringa, que agora tem barba, dedo-duro e fez do BNDES o banco do desenvolvimento secreto de Cuba e África.
Prêmio Woodstock – Despojado, baratinado e com a língua solta, o troféu do presidente do Uruguai, José Mujica, é um CD com “hits” dos irmãos Supla e do “papi” Suplicy. Para curtir uma reunião com Cristina Kirchner e Evo Morales.
Lamparina de lata – É do prefeito paulistano Fernando Haddad: um convite para interpretar Diógenes na próxima novela da Globo. Não o filósofo grego, mas pelo escasso talento um poste, que será malhado no sábado de Aleluia.
Ambulância da Trol – Com sirene e tudo, vai para o ministro Padilha (Saúde) que socorreu sua candidatura ao governo de São Paulo importando médicos com controle (sem tecla SAP), para manter Cuba respirando por aparelhos.
Prêmio Chávez – Ganha “pajarito” verde de Nicolás Maduro quem exumar o finado presidente da Venezuela e descobrir que o maluquete reencarnou em José Dirceu, pregando revolução na Papuda porque acabou o papel.
Troféu Snowden – É do intérprete de sinais sul-africano que conseguiu quebrar o código do discurso de Dilma no funeral de Mandela sem pedir asilo à Coreia do Norte. Ganha 5 Gb de memória para um eventual retorno de Lula.
Frango de macumba – Ninguém chuta, mas o despacho está na porta da Dilma num guardanapo usado do hotel Ritz: Sérgio Cabral, que governou o Rio em Paris e vai acabar chupando laranjas que Dirceu importou do Panamá.
Troféu Óleo de Peroba – Políticos estão carecas de saber que não cresceu cabelo em Renan, mas nem desconfiam que, em doses cavalares, o elixir importado da China terá este ano o poder de fazê-los sumir das ruas. E das urnas.
Os Trapalhões – Com o circo garantido e o povo na lona, o prêmio é de Dilma e seus miquinhos amestrados brincando na gangorra do Banco Central com o superávit, o IOF, a dívida interna e a dívida externa que o Lula “pagou”.
Adeus, 13 – Enfim, ao contrário de Sarney, Lula e as urnas eletrônicas, 2013 se aposenta voando nos Mirages da FAB, deixando no ar a única certeza: outro 13 só em cem anos, quando o Brasil poderá ter IDH da Finlândia. (Coluna de Cláudio Humberto)