Agência ANSA
Kiev – O primeiro-ministro da Ucrânia, Mykola Azarov declarou que o país pode assinar o acordo de livre comércio com a União Europeia, que deveria ter sido feito em novembro, mediante uma ajuda de 20 bilhões de euros. “A Ucrânia precisa de 20 bilhões de euros de ajuda europeia para assinar um acordo de associação com a União Europeia e minimizar o impacto sobre a economia”, declarou.
“Não falamos de um subsídio do orçamento europeu, sejamos realistas, mas propomos que a União Europeia participe do investimento em projetos comuns e reciprocamente vantajosos, como a expansão e a modernização dos corredores de transportes”, declarou Azarov, referindo-se ao gasoduto que atravessa o país.
O primeiro-ministro ainda deixou claro que, caso a ajuda seja feita, o acordo seria assinado rapidamente. “O governo é, inclusive, a favor de uma assinatura rápida desse acordo, mas queremos criar as condições e minimizar as perdas para a nossa economia”, declarou Azarov.
Manifestações – A Ucrânia encontra-se em grande dificuldade econômica e financeira. Desde novembro, a Ucrânia tem sido palco de protestos contra a decisão do governo de não assinar o acordo com a União Europeia. O encontro entre a polícia e os manifestantes tem se tornado cada vez mais violento.
Ontem à noite, 10, cerca de 10 mil manifestantes ocupavam a Praça Independência, no centro de Kiev, quando a polícia de choque avançou sobre eles. Também tentaram expulsar os manifestantes, retirando barricadas que cercavam o local. Os manifestantes também bloqueavam e ocupavam a sede da prefeitura da cidade.
“O que aconteceu ontem a noite com os manifestantes é absolutamente inadmissível em uma sociedade democrática”, declarou a subsecretária de Estado norte-americana no exterior, Victoria Nuland. (Ansa Brasil)