O deputado cassado Roberto Jefferson, condenado no julgamento do mensalão, afirmou nesta segunda-feira que, embora esteja curado do câncer no pâncreas, ainda precisa de acompanhamento especial e tratamento específico. O ex-parlamentar criticou as conclusões de médicos do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que elaboraram laudo afirmando que a prisão domiciliar pleiteada pelo mensaleiro não é “imprescindível”.
“Meus problemas de saúde hoje são decorrentes da cirurgia à qual me submeti para a retirada do tumor no ano passado”, disse Jefferson em seu blog. A solicitação do mensaleiro será analisada pelo ministro Joaquim Barbosa, que havia determinado a realização de exames pelo Inca.
De acordo com o condenado, embora a cirurgia tenha extirpado o câncer no pâncreas, ele tem de lidar com complicações do pós-operatório. Na intervenção cirúrgica foram retirados quatro quintos do estômago, todo o duodeno, cabeça do pâncreas, 1,5 metro do meu intestino delgado e parte do fígado.
“Hoje não preciso apenas de medicamentos, mas do acompanhamento da equipe que me assiste e de toda a estrutura necessária na forma de exames, suplementos vitamínicos e oligoelementos, alguns deles injetáveis, reposição de enzimas, seis alimentações diárias, exercícios físicos específicos”, relatou Jefferson.
Jefferson é um dos três mensaleiros que podem ter a prisão decretada ainda neste ano. Embora o processo já tenha terminado para ele (trânsito em julgado), Barbosa ainda não se pronunciou sobre o pedido de prisão domiciliar. Também devem ser presos nos próximos dias o deputado Pedro Henry (PP-MT) e o ex-advogado de Marcos Valério, Rogério Tolentino. (Veja Online)