A juíza Marielza Brandão, titular da 29ª Vara Cível da Comarca de Salvador, comunicou ao jornalista Emiliano José o adiamento da audiência marcada para esta terça-feira (1º), às 15h30. O motivo foi o esquecimento e não inclusão na intimação do nome de outro jornalista, Oldack de Miranda, que também está sendo processado pelo pastor Átila Brandão.
Os dois jornalistas enfrentam uma ação de indenização por danos morais movida pelo pastor Atila Brandão, ex-oficial da Polícia Militar da Bahia, acusado de torturar o ex-preso político, e atual professor de história, Renato Afonso de Carvalho, em 1971, no Quartel dos Dendezeiros.
O jornalista Emiliano José responde a processo por ter revelado a história no artigo “A premonição de Yaiá”, publicado no jornal A Tarde, em fevereiro de 2013. O jornalista responde ao mesmo processo por ter veiculado as notícias na internet. O ex-oficial da PM quer R$ 2 milhões de indenização por “danos morais”.
O jornalista Emiliano José já obteve várias vitórias judiciais contra o ex-militar. Em junho, a desembargadora Telma Brito, em recurso protocolado pelo presidente da OAB/Bahia, Luiz Viana Queiróz e pelo advogado Jerônimo Mesquita, determinou a suspensão da decisão da juíza Marielza Brandão (29ª Vara Cível) que liminarmente ordenara a retirada do artigo do site do jornalista, bem como direito de resposta no jornal A Tarde; em agosto, a juíza Sílvia Lúcia Bonifácio Andrade Carvalho (6ª Vara Criminal) concedeu habeas corpus beneficiando Emiliano José, mandando trancar inquérito na 16ª Delegacia de Polícia provocado por denúncia do pastor evangélico.