REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
Salvador – O diretor da Arena Fonte Nova, Marcos Lessa, disse hoje que continua mantendo entendimentos com o presidente do Vitória, Alexi Portela, para que o clube faça mais jogos, ainda na atual temporada, no estádio da Odebrecht-OAS. E, em 2014, mais ainda. O Vitória tinha acertado inicialmente mandar cinco jogos na Fonte Nova, construído pelas duas empreteiras em parceria com o Governo da Bahia. Mas com a reação contrária da torcida rubro-negra, Portela deu uma recuada estratégica para não prejudicar a campanha de Carlos Falcão, que ele quer fazer seu sucessor no clube.
As declarações de Marcos Lessa, feitas em uma resenha esportiva de rádio, vão de encontro com recentes afirmações do presidente do Vitória, segundo as quais o clube só tem um jogo a fazer na Fonte Nova como mandante – contra o Goiás, na próxima semana – , completando os cinco combinados com a Arena. O outro será contra o Bahia, com mando de campo do tricolor.
“Estamos em contato com o Vitória para mais jogos ainda este ano e ampliarmos o número de partidas do clube em 2014”, assegurou Marcos Lessa.
Torcida Reage
Recentemente, em entrevistas a emissoras de rádio, Alexi Portela tinha garantido que o Vitória não faria mais que os cinco jogos acordados. Isso passou a acontecer depois que o presidente rubro-negro foi muito criticado pelos torcedores, que não aceitam a ideia do clube abandonar o seu patrimônio para satisfazer a interesses da Arena Fonte Nova e do governo da Bahia.
Na última reunião do Conselho Deliberativo do Vitória, o vice-presidente Carlos Falcão, chegou a apresentar uma planilha mostrando “as vantagens” de jogar na Fonte Nova. A partir daí, nas redes sociais, comunidades da torcida rubro-negra começaram a reagir contra Falcão e Alexi Portela. Recentemente, Portela resolveu falar sobre o assunto, dizendo que o Vitória só faria mais um jogo na Fonte Nova, este ano, como mandante – contra o Goiás, semana que vem.
A polêmica sobre a clara pretensão da diretoria rubro-negra em começar a esvaziar o Barradão e viabilizar o projeto do governo e dos empreteiros da Fonte Nova veio à tona logo na primeira rodada do Campeonato Brasileiro, quando Alexi Portela e Falcão começaram a criticar o que eles consideram “pequena” presença do torcedor rubro-negro no Barradão.
Falcão, Não – diz Albérico.
No dia 20 de junho, em editorial com o título ”Alexi Portela parece trabalhar para inviabilizar o Barradão”, o JORNAL DA MÍDIA chamava a atenção do presidente do Vitória para o erro amador e grotesco que estava cometendo com suas declarações estapafúdias a cronistas esportivos pouco interessados com a consolidação do patrimônio da família rubro-negra.
Com a aproximação das eleições no Vitória, previstas para a primeira quinzena de dezembro, Alexi Portela recuou temendo a reação maior dos torcedores e nunca mais abordou o assunto Barradão. O candidato de Alexi, Carlos Falcão, que segundo o conselheiro Albérico Mascarenhas não tem a menor qualidade para ser presidente do Vitória (Clique Aqui e Leia), também ”esqueceu” o assunto.
Durante a entrevista do diretor da Arena Fonte Nova, Marcos Lessa, à emissora de rádio, hoje, o conselheiro do Vitória e comentarista esportivo, Sinval Vieira, argumentou que não será uma tarefa fácil para ninguém fazer o clube esvaziar seu patrimônio para mandar mais jogos na Fonte Nova. Sinval chamou a atenção para o fato de uma reação da torcida, acostumada com o seu estádio e com o patrimônio construído com o empenho e a perseverança da família rubro-negra.
Nas redes sociais, já há movimento de torcedores rubro-negros propondo se esvaziar o jogo Vitória x Goiás, na Fonte Nova.
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