LUÍS AUGUSTO GOMES
Da deputada Maria Luiza Orge (PSD), sabe-se que não usa na Assembleia Legislativa carro oficial, gasolina, motorista, verbas e outras benesses, mantendo uma conduta isenta de gastos que, apesar de legais, possam ter questionada a sua moralidade.
Assim, precisa ser esclarecida a insinuação, veiculada em sites desta capital, de que foi ela a responsável pela indicação do filho Luís Henrique a um cargo no governo Wagner, já que é atribuída também ao ex-prefeito João Henrique, seu ex-marido e pai do jovem.
Como já dissemos nas matérias sobre a separação do casal, publicadas com exclusividade neste blog em 18/10/11, a questão transcende do pessoal para o político, cabendo, portanto, abordagem pública, sem prejuízo da ética e do respeito humano.
A vinculação do ato ao ex-prefeito sugere, como já foi dito na imprensa, que João Henrique realinha-se com o governo estadual, embora, convenhamos, especialmente nos tempos atuais, pudesse ser considerada uma falta de vergonha negociação política tão ostensiva.
Por outro lado, se foi a deputada a articular-se nos bastidores para ver o nome do filho no Diário Oficial, isso, descontado o favorecimento familiar que contra ela deporia, está dentro do seu terreno de manobras, pois é filiada a um partido da base do governador. Agora, se a nomeação é produto da articulação dos dois, aí seria uma confusão dos diabos. (Por Escrito)