AGÊNCIA ANSA
São Paulo – O governo federal não comentou o fim das investigações da Polícia Federal que descartaram uma razão política nos boatos sobre o programa Bolsa Família, que provocou grandes filas e tumultos em agências da Caixa Econômica Federal e casas lotéricas de 12 estados nos dias 18 e 19 de maio.
A PF concluiu que “não existem elementos que possam configurar crime ou contravenção penal, já que o tumulto foi espontâneo não havendo como afirmar que apenas uma pessoa ou grupo os tenha causado”.
A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, que tinha acusado a oposição pela difusão dos rumores, informou que não se manifestaria. Ela tinha sido repreendida pelo Palácio do Planalto logo após culpar adversários políticos através de sua conta no Twitter, já que não havia elementos que indicassem a suspeita.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que tinha declarado acreditar em ação articulada para tumultuar o pagamento do benefício, também não quis se pronunciar.
A Polícia Federal investigou a possível utilização de redes sociais para propagação dos boatos. No entanto, segundo a PF “a Internet e as redes sociais apenas reproduziram notícias veiculadas pela imprensa sobre os tumultos em agências bancárias”.
A Caixa Econômica Federal informou que não comentaria a conclusão das investigações. O presidente do banco, Jorge Hereda, tinha pedido desculpas publicamente por ter dado versões contraditórias sobre a liberação do pagamento, fato que teria provocado o tumulto. (Ansa Brasil)