LUÍS AUGUSTO GOMES
A reunião da Executiva do PT para definição de um candidato à presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB), que seria realizada ontem, foi transferida para amanhã. Pelo menos cinco prefeitos pleiteiam a honraria: Bonifácio Dourado, Magno Souza, Osni Cardoso, Ricardo Machado, Rilza Valentim.
Na avaliação dos bastidores políticos, o partido tenta ganhar tempo para encontrar uma solução, ante o elevado número de postulantes, mas o presidente Jonas Paulo afirma que o problema foi apenas a ausência do prefeito Luiz Caetano, atual presidente da entidade, “que estava em Brasília tratando dos royalties”.
“Estamos partindo para a candidatura única da base do governo”, afirmou Jonas a Por Escrito, e quando questionado sobre a campanha plena do prefeito Orlando Santiago (PSD) foi direto: “O PSD não vai ter candidatura de oposição ao governador Jaques Wagner. Não tem cabimento um partido da base ter candidato de oposição”.
Pontes para o futuro próximo – Independentemente dos desejos ou certezas do presidente, a verdade é que o PT vive um conflito em torno de dois núcleos de poder: de um lado, o secretário Rui Costa é ligado aos prefeitos Ricardo (Santo Amaro), o pole-position, Osni (Serrinha) e Bonifácio (Ruy Barbosa).
Jonas, por sua vez, estaria tocando, com os deputados Rosemberg Pinto e João Leão, este do PP, uma articulação pelo nome de Rilza, de São Francisco do Conde, onde Rosemberg preside o PT municipal e não deixa de pensar em ser ele próprio o sucessor da prefeita em 2016.
Uma base ampla demais – A última do secretário Cezar Lisboa aos candidatos dos partidos governistas à presidência da UPB foi: “Resolvam lá vocês e cada uma venha com um candidato só”.
O quadro, de fato, é complicado. O PT tem cinco candidatos, o PSB tem dois. Quando a turma chegar com a definição, “o governo decidirá uma chapa com os critérios da Serin”, disse uma fonte.
A competição é saudável – Com relação às preocupações petistas, é certo que o prefeito Orlando, de Santo Estêvão, terá o apoio de partidos da oposição, mas por dois motivos principais: seu amplo trânsito na política municipal baiana, acima de querelas partidárias, e o fato de que, havendo um candidato do PT, a oposição não poderia ser a favor. (Por Escrito)