Salvador – O delegado Eduardo Rafael de Santana Lima, 35 anos, dois filhos de dois relacionamentos diferentes, será sepultado, nesta sexta-feira (9), às 10 horas, no cemitério Jardim da Saudade, no final de linha de Brotas. Na Polícia Civil há oito anos, ele trabalhou no interior, nas cidades de Coaraci (6ª Coorpin) e de Ilhéus (Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos). Já em Salvador, atuou nas delegacias territoriais de São Caetano (4ª DT), Pituba (16ª DT) e Tancredo Neves (11ª DT) e em duas especializadas: delegacias de Repressão a Furtos e Roubos e de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos, onde se encontrava desde julho deste ano.
Descrito pelos colegas como uma pessoa tranquila, Eduardo Rafael se destacava na DRFRV, apesar de ali lotado há pouco mais de quatro meses. Sua atuação era no setor de inteligência policial, de onde emergiam informações importantes para o planejamento de operações de combate a quadrilhas de roubos de carro. Como assistente do delegado titular Nilton Borba, foi transferido para a DRFRV, depois de dois anos e meio na 11ª DT, para fortalecer a equipe daquela especializada.
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“Estamos solidários à família de Eduardo Rafael, que neste momento sofre conosco a perda de um ente querido e profissional exemplar”. O desabafo é do delegado-geral Hélio Jorge Paixão, ao tomar conhecimento da morte, na manhã desta quinta-feira (8), no Hospital Geral do Estado, do delegado Eduardo Rafael. “A Polícia Civil da Bahia está muito triste hoje, mas mantém a cabeça erguida na busca da identificação e prisão dos autores”, prometeu.
Ele foi alvejado, na noite desta quarta-feira (7), por volta das 23 horas, com quatro tiros por dois homens, que roubaram o veículo Gol, de sua propriedade, quando abria o portão da garagem de casa, no Barbalho. A chefia da Polícia Civil determinou que, além das equipes DRFRV, investigadores e delegados do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) também se integrem às buscas aos criminosos. Assistentes sociais da PC estão acompanhando, desde as primeiras horas, os parentes mais próximos do delegado, prestando o apoio necessário.
Policiais do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) e da DRFRV estão nas ruas à procura dos criminosos, que abandonaram o carro – encontrado na manhã de hoje e já periciado – roubado do delegado, na Boca do Rio.
Antes de ser alvejado com quatro tiros (três na região do tórax e abdômen e um na perna, na altura da coxa), Eduardo Rafael chegou a tomar o revólver, calibre 38, na mão de um dos bandidos. Cinco munições foram deflagradas enquanto estavam atracados.
O delegado trabalhou até as 18 horas de quarta-feira na DRFRV, de onde saiu para fazer exercícios numa academia de ginástica. Depois foi para a casa, sendo abordado pelos bandidos quando chegava em casa. Uma guarnição da Polícia Militar, chamada ao local, chegou a socorrê-lo para o Hospital Geral do Estado, onde morreu às 10 horas desta quinta-feira (8).