A Polícia Federal prendeu, na tarde desta segunda-feira, o banqueiro Luis Octavio Índio da Costa, presidente do banco Cruzeiro do Sul, como antecipou o site de VEJA. O banco sofreu intervenção do Banco Central em junho deste ano, após a autoridade monetária ter identificado um rombo de 1,5 bilhão de reais na instituição. De acordo com a PF, Índio da Costa foi detido em um condomínio na cidade de Cotia, Grande São Paulo. Ele está na sede da instituição em São Paulo, no bairro da Lapa.
De acordo com o advogado de Índio da Costa, Roberto Podval, o banqueiro estava fora de casa quando soube que os policiais o procuravam. Ele, então, decidiu ir até a residência para se entregar.
A prisão ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedido pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo, em razão de um inquérito policial que tramita na Delegacia de Repressão aos Crimes Financeiros. Em setembro, o executivo havia sido indiciado, juntamente com seu pai, Luís Felippe Índio da Costa. São apurados crimes contra o sistema financeiro, crimes contra o mercado de capitais e lavagem de dinheiro. Por solicitação da PF, a Justiça Federal decretou, à época, o sequestro de imóveis, veículos e investimentos dos investigados. Luís Felippe também teve a prisão decretada, mas em regime domiciliar.
Segundo investigações da polícia, as fraudes verificadas nos livros do banco eram similares às que foram praticadas no banco Panamericano.
A Polícia Federal não explicou o fundamento do pedido da prisão preventiva – afirmando que o processo corre sob segredo de Justiça. A lei prevê que esse tipo de prisão ocorra para preservar a ordem pública ou a ordem econômica ou evitar que a aplicação da lei penal seja frustrada – ou seja, quando a pessoa em liberdade apresenta algum tipo de risco ou para impedir, por exemplo, que o acusado fuja.
No caso PanAmericano, os executivos não foram presos: tiveram os bens congelados e foram proibidos de deixar o país. (Veja)