LUÍS AUGUSTO GOMES
Fonte muito próxima do poder assegura a Por Escrito que a eleição para prefeito de Salvador será determinante para uma tomada de posição do governador Jaques Wagner quando chegar a hora de sua sucessão, em 2014.
Se Nelson Pelegrino (PT) for eleito, Wagner ficará à vontade para montar seu cenário preferido: Rui Costa para o governo do Estado, Otto Alencar para o Senado, um candidato do PP a vice-governador e ele próprio a deputado federal.
Nessa situação, como renunciaria, juntamente com Otto, pediria ao deputado Marcelo Nilo (PDT), que a essa altura estaria no quarto mandato de presidente da Assembleia Legislativa, que fosse o governador-tampão, por nove meses, para comandar o processo.
Nilo, por sua vez, ficaria sem mandato a partir de 2015, e por isso só toparia o acordo se o candidato ao governo fosse Rui Costa, com quem tem relações no mesmo nível das que mantém com o governador, garantindo espaço, em caso de vitória, no quatriênio seguinte.
Todo o planejamento, no entanto, cairá por terra se ACM Neto (DEM) vencer o segundo turno da eleição na capital. “Aí”, diz a fonte, “Wagner não mete a cara. Fica no cargo, porque terá mais poder na sucessão”. (Por Escrito)