O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse neste domingo, 14, que não vai mais “comentar os ataques pessoais” do candidato do PSDB, José Serra. Durante rápida entrevista à imprensa pouco antes de uma carreata no bairro Jaçanã, na zona norte da capital paulista, ele evitou responder às críticas de Serra sobre o “kit gay”, material anti-homofobia que o Ministério da Educação estudou distribuir nas escolas quando o petista comandava a pasta.
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Em entrevista ao Estado, o tucano afirmou que a intenção do material era “doutrinar, em vez de educar”. “É um ataque pessoal. Porque ele sempre distorce a informação; e eu não vou comentar”, disse Haddad. “Eu já estou cansado deste tipo de ataques”, declarou, acrescentando que prefere discutir propostas para a cidade, em vez de “coisa sem importância e que já está resolvida”.
Questionado se pretende distribuir, se eleito, algum tipo de kit similar, o candidato petista respondeu que já existe algo semelhante. “A Prefeitura tem o material. Tanto a Prefeitura quanto o Estado têm materiais, é constitucional”, disse. Após falar com a imprensa e antes de iniciar a carreata pelo bairro da zona norte, Haddad fez um breve pronunciamento ao público presente. Entre as propostas apresentadas, prometeu mais uma vez acabar com a taxa de inspeção veicular e foi bastante aplaudido quando tocou no polêmico tema.
O candidato do PT também aproveitou o discurso para pedir à militância do partido para não ficar acomodada com os resultados recentes das pesquisas eleitorais para o segundo turno, que apontam Haddad na liderança. “Não confiem em números de pesquisa. Se estávamos lá atrás e fomos para o segundo turno, praticamente empatados em primeiro lugar, não vamos dizer que o Haddad está na frente e ficar em casa descansando. São mais duas semanas de trabalho para termos quatro anos de sossego”, disse. (Estadão)