REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
Salvador – ACM Neto (DEM) e Nelson Pelegrino (PT), que vão disputar o segundo turno das eleições em Salvador, lutam para ampliar o leque de alianças e buscam o apoio do PMDB e PRT. O governador Jaques Wagner informou hoje (8) que Mário Kertész (PMDB) e Márcio Marinho (PRT), por serem de partidos da base de Dilma, não ”têm obrigação, mas tendem a nos apoiar”.
ACM Neto ressaltou a importância do PMDB e a liderança de Geddel Vieira Lima, prometeu procurar o ex-ministro e deixou claro: “Não vou barganhar cargos. Quem quiser vir com a gente, terá que ser com base numa aliança programática. Vou conversar com o PMDB e outros partidos”.
Pelegrino disse em entrevista à imprensa que está trabalhando no sentido de fazer aliança com o PMDB.
“Conversei hoje com o Mário (Kertész, terceiro colocado na eleição, com 9% dos votos) e com o Lúcio (Vieira Lima, presidente estadual do PMDB)”, disse Nelson Pelegrino (PT).
ACM Neto foi mais enfático: “Temos de reconhecer o peso do PMDB, de Geddel (Vieira Lima, irmão de Lúcio e ex-ministro da Integração Nacional) e de Mário”, disse o democrata. “O PMDB é minha prioridade.”
Para ele, o fato de o PMDB ser o principal partido da base de apoio ao governo de Dilma Rousseff não deve interferir nas negociações. “As conversas são locais”, argumentou Neto. “Dizer que o (vice-presidente) Michel Temer vai resolver a situação em Salvador é subestimar a importância de Geddel e Lúcio e de outras lideranças do PMDB no Estado. Em Feira de Santana (segunda maior cidade da Bahia), por exemplo, ganhamos juntos (do PT), no primeiro turno.”
Para Pelegrino, por outro lado, a aliança nacional entre PT e PMDB “facilita” as negociações na Bahia – apesar de o PMDB ser oposição ao governo petista de Jaques Wagner. “Pela aliança que temos em nível nacional, é natural que os partidos conversem”, justificou. “Estamos otimistas, acho que as negociações vão evoluir bem.”
Geddel Joga Duro – Em seu Twitter, Geddel Vieira Lima andou respondendo aos seus seguidores do microblog que não deve obediência ao PT, por ser vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica.
”Sou vice-presidente da CEF do Brasil, não do PT. Não devo obediência ao PT. Faço politica e acordos politicos com o olhar voltado para o futuro. E pago com altivez os preços pelos erros que cometo. Chega de especulação boba. Quando a posição do PMDB da Bahia tiver madura será anunciada”, sustentou.
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