O ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão, retoma a leitura de seu voto sobre o item 6 da denúncia, decidindo sobre os réus do PTB e do PMDB quanto ao envolvimento em corrupção.
Entre os réus a serem julgados, está o delator do esquema, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), Romeu Queiroz (PTB), José Borba (ex-PMDB) e Emerson Palmieri (ex-PTB). Jefferson é acusado de ter recebido R$ 4 milhões do “valerioduto” no ano de 2005. O esquema teria sido montado por Marcos Valério para receber e distribuir recursos ilícitos para favorecer o governo Lula nas votações da Câmara dos Deputados.
Os réus do PTB e do PMDB já foram condenados pelo ministro Joaquim Barbosa, relator do processo. O ministro adiou o voto sobre a cúpula do PT, o que inclui a decisão sobre ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, apontado como chefe do esquema.
Na última sessão, Lewandowski condenou o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR) e o ex-tesoureiro do PL, Jacinto Lamas (PR) por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O revisor ainda condenou o ex-parlamentar bispo Rodrigues (PL) por corrupção passiva e o absolveu de lavagem de dinheiro, além de ter julgado improcedente a denúncia contra o ex-assessor do PL, Antônio Lamas.
Quanto aos réus do PP, O ex-deputado Pedro Henry foi absolvido de todos os crimes, enquanto o ex-deputado Pedro Corrêa foi absolvido de lavagem de dinheiro e condenado por formação de quadrilha e corrupção passiva – mesma situação do ex-assessor João Claúdio Genu.
Breno Fischberg, empresário da Bônus Banval, foi absolvido de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha pelo relator, enquanto seu sócio, Enivaldo Quadrado, foi condenado por ambos os crimes.
Após o término da leitura do revisor, a ministra Rosa Weber será a próxima a iniciar a votação. Em seguida, é a vez de Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e, por último, Ayres Britto. (Estadão)