Com mais de 65% das obras concluídas, o Consórcio Arena Fonte Nova já tem data para a instalação de um dos últimos passos para a finalização do estádio baiano para o Mundial de 2014 e a Copa das Confederações 2013. A partir de novembro, o que hoje é apenas concreto e terra passará também a contar com o verde da grama que será pisada pelos maiores jogadores de futebol do planeta.
Os estádios da Copa terão um gramado padronizado, com um mesmo nível de quique e fofura, além de um mesmo tipo de grama, a Bermuda, própria para o clima tropical de maior parte do País. Em São Paulo, Porto Alegre e Curitiba os campos terão também mudas de algumas espécies mais próprias para aguentar o frio do inverno.
Apesar da homogeneização, agrônomos especialistas em gramados de futebol, como Maristela Kuhn, consultora do Comitê Organizador Local da Copa-2014 (COL), acreditam que o grande desafio do estádios do
Brasil é superar a mudança causada pelas coberturas que serão colocadas nas Arenas.
“A grama precisa de sol e circulação de ar. Está se criando um ambiente fechado, e isso predispõe o gramado a doenças”, diz Kuhn.
Para evitar problemas ocorridos na Copa da África do Sul, onde diversos gramados ficaram com buracos durante as partidas, a Fifa e o COL recomendaram para a manutenção e conservação dos campos nos locais com clima mais chuvoso, que a grama seja plantada sobre um sistema de drenagem a vácuo, quatro vezes mais potente que o normal, além de funcionar no sentido inverso ao da sucção, promovendo também o arejamento do solo. O sistema, con tudo, custa cerca de R$ 1,5 milhão a mais que a comum.
Consultado, o Consórcio Arena Fonte Nova informou que o projeto de drenagem ainda não foi definido, o que deve ocorrer nas próximas semanas. Segundo a empresa, a previsão de conclusão do gramado, já considerando o seu período de maturação, é março de 2013.
Outra atitude da Fifa/COL para evitar transtornos foi a proibição da técnica de se plantar “tapetes de grama” cultivados em outros lugares e trazidos aos estádios posteriormente. Para as entidades, o método aumenta o risco de desníveis nos gramados. Na Copa das Confederações, contudo, as placas de grama serão aceitas. (A Tarde)