Salvador não está muito bem na fita quando o assunto é investimento estrangeiro direto, o chamado IED. Apesar de a Bahia ser o sexto estado mais rico do país, sua capital – com região metropolitana – está na oitava posição como centro de atração de investimentos do exterior, de acordo com a primeira edição do relatório Brazil Attractiveness Survey 2012, realizado pela Ernst & Young Terco.
Sem contar com São Paulo e Rio, tradicionalmente os maiores eixos de negócios do país, Salvador fica atrás de Curitiba, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre e Campinas (SP), nesta ordem. A consultoria ouviu 250 executivos globais, tomadores de decisão, sobre a percepção que eles têm do Brasil como um potencial local para negócios no futuro. Nada menos que 78% consideram o país o mais atrativo destino para investimento na América Latina, e 83% acreditam que essa atratividade vai aumentar nos próximos três anos.
Hoje, o Brasil é o segundo destino mais atraente em termos de valor de IED e o quinto em número de projetos, com 26% deles concentrados em São Paulo. O Rio vem em seguida, com 8%. Com 1% do total, Salvador perdeu 25% de IED de 2010 para 2011, segundo o relatório da Ernst & Young.
Quanto ao Nordeste, a região atraiu entre 2007 a 2011 um total de 93 projetos de IED. A expansão do complexo industrial portuário de Suape, em Pernambuco, é apontada como um dos principais vetores desse crescimento. Mas o Brasil, mostra o trabalho, ainda precisa criar um cenário mais favorável para investimentos.
No caso da região nordestina, Recife e Salvador – as duas cidades que aparecem na pesquisa – apresentam gargalos de infraestrutura, na visão dos entrevistados. O mesmo problema é mencionado em relação a Curitiba, Porto Alegre e Manaus. Por outro lado, cinco cidades são consideradas com infraestrutura desenvolvida – São Paulo, Campinas, Taubaté, Pindamonhagaba e o Rio de Janeiro. (Correio)