A expulsão dos professores do saguão Nestor Duarte da Assembléia Legislativa da Bahia pode ter sido uma daquelas situações em que, sem querer, o tiro sai pala culatra.
Se a intenção da dupla Jaques Wagner-Marcelo Nilo foi desmobilizar os professores para evitar maiores danos à candidatura de Nelson Pelegrino à Prefeitura de Salvador, a ação destrambelhada deve resultar em mais dores de cabeça para a base aliada capitaneada pelo PT.
Feridos nos brios, os professores planejam dar o troco e miram especialmente o candidato de Wagner à Prefeitura. Promover manifestações nos atos de campanha planejados por Pelegrino — como já se comenta por aí — pode causar um efeito devastador nas pretensões do deputado, que sonha com a Prefeitura há vários anos.
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Neste projeto os professores podem contar com a participação do PSOL e PSTU. Com o PCdoB, nem pensar. A candidata a vice de Pelegrino é Olívia Santana, do PCdoB. Como o partido é quem controla a APLB/Sindicato, Rui Oliveira e seus colegas de diretoria não deverão participar dos protestos.
Mesmo com a candidatura patinando em terceiro lugar, segundo pesquisas não oficiais, Pelegrino conta com a máquina governista — que investe pesadamente em sua campanha — para dar a volta por cima.
Entretanto, se os professores quiserem mesmo dar o troco a Wagner, o sonho de Pelegrino pode virar um pesadelo.