AGÊNCIA ANSA
Montevidéu – O vice-presidente do Uruguai, Danilo Astori, reiterou suas críticas ao ingresso da Venezuela no Mercosul, decisão tomada pelos presidentes dos países-membros do bloco comercial após a suspensão do Paraguai.
Para Astori, a entrada da Venezuela “é negativa para o bloco regional, para o Uruguai e, inclusive, para a própria Venezuela”. Ele também criticou a maneira como a adesão foi aprovada, dizendo que a “institucionalidade vigente” foi rompida.
A entrada da Venezuela no Mercosul foi aprovada em uma reunião entre os presidentes José Mujica (Uruguai), Dilma Rousseff (Brasil) e Cristina Kirchner (Argentina) realizada na cidade argentina de Mendoza no fim de junho, após o Mercosul decidir suspender o Paraguai do bloco por não reconhecer o governo de Federico Franco, que assumiu a Presidência devido ao impeachment de Fernando Lugo, aprovado de forma relâmpago pelo Congresso.
“A posição de não aceitar o ingresso da Venezuela nessas circunstâncias era a acordada por toda a delegação uruguaia ao sair do país rumo a Mendoza, incluindo o presidente José Mujica e o ministro das Relações Exteriores, Luis Almagro”, afirmou Astori, em um artigo publicado no portal local Yupress.
“O que aconteceu durante a reunião para reverter a posição da delegação uruguaia? Não sabemos. Quem nos abriu os olhos? Quais circunstâncias que não conhecemos sobrepuseram o interesse político ao legal?”, questionou o vice-presidente.