LUÍS AUGUSTO GOMES
A pressão dos empresários de ônibus por um aumento de tarifa faz parte de um roteiro que se repete regularmente em Salvador: os motoristas fazem greve, conseguem vantagens salariais e, em seguida, os patrões levam a “planilha” à Prefeitura para pedir um desproporcional reajuste das passagens.
As autoridades municipais, fazem uma pantomima, dizem que não concederão “aquele índice”, mas depois autorizam um aumento menor, que logo entra em vigor para a população pagar o pato. As empresas vão à Justiça e conseguem uma liminar para o aumento integral, que fica pendente, acumulando.
Nessa brincadeira, estima-se que os empresários tenham a receber dos cofres municipais cerca de R$ 800 milhões, pois os custos apresentados nas planilhas são, em geral, muitos maiores que a realidade do mercado, como ocorre agora, quando eles pedem reajuste de 26%. (Por Escrito)