Ainda concentrado entre Net e Sky, que detêm juntas 85% do mercado no país, o segmento de TV por assinatura começou a se movimentar neste ano com a entrada de empresas de telefonia no serviço via satélite. As primeiras a explorar o segmento foram Oi, GVT e Claro (nova denominação da TV Embratel), com competição de preços e canais oferecidos.
A entrada das empresas de telecomunicações no segmento fez crescer também a oferta de pacotes casados de serviços: os chamados combos. Em uma mesma assinatura, o consumidor pode contratar celular, internet e TV paga, por exemplo.
— Na compra de um combo, o cliente geralmente consegue um preço mais baixo, o que torna ainda mais tentador a contratação dos serviços — avalia Eduardo Tude, presidente da Teleco, empresa de consultoria especializada em telecomunicações.
Atualmente, são 13,3 milhões de assinantes de TV no país — número que representa 24% das 55 milhões de residências no Brasil. A disputa provocada pela entrada de novas operadoras deve provocar um salto expressivo no número de assinantes nos próximos anos.
— O mercado mudou muito pouco ainda em relação ao que irá mudar daqui para a frente — afirma Alexandre Annenberg, presidente executivo da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA).
Com a nova regulamentação, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) começará a liberar as 600 outorgas (direito de oferecer o serviço de TV paga) em análise. O custo de uma outorga é de R$ 9 mil.
— Pequenos prestadores também terão oportunidade de oferecer o serviço em qualquer cidade, sem nenhum tipo de obrigação de cobertura — explica Marconi Thomaz de Souza Maya, superintendente de comunicação de massa da Anatel.(Zero Hora)