A revelação de que a quadrilha de Carlinhos Cachoeira violou o e-mail do deputado Fernando Franceschini (PSDB-PR) aumentou a pressão pela criação de uma CPI na Câmara. O tucano conversou com o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, e com o líder na Câmara, Bruno Araújo (PE), para pedir que a bancada se reúna e feche posição a favor da CPI. O parlamentar, ex-delegado de polícia, já sabe que a quadrilha quebrou seu sigilo outras vezes e suspeita de envolvimento do governo do Distrito Federal.
– Tenho certeza que vamos ter novidades no GDF em relação aos grampos – disse Franceschini.
Apesar do constrangimento com as conexões da quadrilha de Cachoeira no governo de Goiás, comandado pelo tucano Marconi Perillo, o PSDB dificilmente não apoiará publicamente a criação da CPI. O DEM, passou a apoiar a CPI quando afastou o senador Demóstenes Torres (GO) do partido.
O Palácio do Planalto prefere que os casos sejam conduzidos apenas nos Conselhos de Ética da Câmara e do Senado. A ideia é que o noticiário ruim não paralise as Casas. Depois de um ano sendo alvo quase exclusivo das denúncias, o Planalto acredita que o caso Cachoeira vai tirar o foco do Executivo durante algum tempo. (O Globo)