A diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) rejeitou nesta quinta-feira recurso da construtora Odebrecht contra o consórcio Aeroportos Brasil, vencedor do leilão do aeroporto de Viracopos, em Campinas. Segunda colocada na disputa, a Odebrecht argumentou que a concorrente não entregou documentos exigidos pelas regras estabelecidas pela Anac.
Em reunião extraordinária realizada nesta quinta-feira no Rio, por unanimidade, foi tomada a decisão de julgar improcedente o recurso impetrado pelo Consórcio Novas Rotas (liderado pela Odebrecht).
A diretoria da Anac também homologou o resultado e concedeu a outorga do leilão dos três aeroportos (Guarulhos, Viracopos e Brasília). Pelo cronograma do processo, a celebração do contrato de concessão dos três aeroportos está prevista para 25 de maio.
Novas regras – Segundo informações da coluna Radar On-line, apesar da aprovação da Anac, o imbróglio envolvendo o consórcio que venceu Viracopos deverá servir de lição para os próximos leilões. De acordo com informações apuradas pelo colunista e redator-chefe de VEJA, Lauro Jardim, as regras de concessão mudarão para não permitir que consórcios como o Aeroporto Brasil, sem experiência em operar grandes aeroportos, possam participar.
A presidente Dilma Rousseff, segundo a coluna, não se conforma que as regras da Anac tenham dado a vitória a um consórcio cujo operador, a Egis, não cuida de nenhum aeroporto com um movimento maior do que 5 milhões de passageiros por ano. Viracopos, o governo espera, terá 90 milhões de passageiros por ano ainda nesta década. O consórcio Aeroporto Brasil reúne as empresas Triunfo Participações(45%), UTC (45%) e Egis (10%). (Veja)