Ex-ministros dos governos Lula e Dilma foram ao escritório do vice-presidente da República Michel Temer (PMDB) na manhã desta quarta-feira (21) no Alto de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. Entre eles o baiano Geddel Vieira Lima, x-ministro da Integração Nacional, que não poupou crítica a Dilma Rousseff, que segundo ele se ”vitimiza” após a Câmara aceitar o processo de impeachment contra ela.
“Eu acho que sobretudo à presidente Dilma tem que parar com essa história de querer se vitimizar, de denegrir a imagem do Brasil. O que a presidente Dilma tem que fazer é respeitar a Constituição e parar com essa conversa fiada de que houve golpe. Ela perdeu a maioria no Congresso. Quem consegue 100 votos em uma votação importante como essa, perdeu qualquer condição de governabilidade. O povo brasileiro precisa entender que houve sim crime de responsabilidade. Ela feriu a Constituição, feriu a lei de responsabilidade fiscal e a câmara dos deputados já se manifestou”, disse Geddel em entrevista ao portal G1-SP.
Geddel afirmou que estava em São Paulo foi fazer uma visita ao vice-presidente para “trocarem ideias”. “E esse discurso de querer se vitimizar, bancar a pobrezinha para angariar pena faz apenas para denegrir a imagem do Brasil. Não ajuda em nada e ninguém mais vai aceitar esse tipo de discurso que o PT tenta fazer”, completou.
Geddel pediu celeridade no processo. “O Brasil quer pressa, que se solucione este problema. Nos temos graves problemas na economia que só fazem se agravar. Portanto quem está querendo uma manifestação o mais rápido possível do Senado dentro, evidentemente do que determina a Constituição, o regimento e as condições políticas é o povo brasileiro”, sustentou Geddel.
Além de Geddel, foram recebidos por Temer, Eliseu Padilha e Moreira Franco, ex-ministros da Aviação Civil. Padilha afirmou que a reunião com Temer é de rotina e que prefere esperar a decisão do Senado sobre o processo de impeachment. “É uma reunião de rotina. Vamos fazer como o Michel disse – vamos esperar paciente e silenciosamente o que acontece no Senado”, afimrou.