Lula joga na divisão do Centrão e na tentativa de enfraquecer Arthur Lira politicamente, por isso ignorou sua preferência para presidir a Caixa. (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
CLÁUDIO HUMBERTO
O governador Cláudio Castro (PL) visitou várias autoridades de Brasília, em busca de socorro e parceria para o combate ao crime que atormenta o Rio de Janeiro, mas deveria ter centrado suas cobranças no presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, cuja gaveta acumula, somente na área de segurança pública, 817 leis aprovadas na Câmara dos Deputados desde 1993, mas pendentes de votação dos senadores. Propostas como o fim de “saidinhas” ou “saidões” e a extinção de medidas que reduzem a permanência de bandidos na cadeia, a título de “progressão de regime”.
Pedala, Pacheco
Pacheco tampouco permite que os senadores avaliem e votem, por exemplo, o fim da maioridade penal, aprovada na Câmara desde 2015.
Bandido já não teme a lei
Muitos crimes poderiam ter sido evitados com o endurecimento das penas e o restabelecimento do temor dos bandidos à lei e à Justiça.
Fronteiras abertas
Cláudio Castro pode ter pregado no deserto, ao cobrar de Lula ações contra o ingresso de armas e drogas nas fronteiras desguarnecidas.
Exumação necessária
Responsável pelo levantamento, o deputado Alberto Fraga (PL-DF) agora estuda cada proposta que dormita na gaveta de Pacheco.
Lula demite mais uma
A reunião do presidente Lula com Rita Serrano, ex-Caixa, não demorou nem uma hora. Após o encontro, Rita estava fora do comando do banco. É mais uma mulher em posto de comando demitida por Lula.
Pedra cantada
A demissão de Rita Serrano não foi exigida por Arthur Lira, como plantam governistas que citam a exposição indecorosa com foto do presidente da Câmara. A Caixa foi usada na negociação para cooptar o PP.
Quem tem amigos…
Chamado por lulistas de “criminoso” por fazer oposição na Câmara, Marcel Van Hattem (Novo-RS), reagiu: “criminoso é Lula. Devia estar na cadeia, não no Planalto. Foi libertado pelos amigos indicados ao STF”.
Pessimismo cresce
Pesquisa Quaest de ontem (25) reflete tendência apontada pelo Paraná Pesquisas no dia anterior: queda no otimismo na economia. Os dados da Quaest mostram recuo de 59% em agosto para 50% em outubro.
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