Plenário do Supremo Tribunal Federal Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF.
CLÁUDIO HUMBERTO
O caso surpreendeu os críticos do Supremo Tribunal Federal (STF) legislador, até “constituinte”, que invade competências do Congresso. Esta semana, a Corte resolveu se meter até em briga familiar, de um sobrinho que agrediu a tia, em Sergipe. Habituados a julgar no plenário virtual temas de fato importantes, como aborto e acusados pelos atos de 8 de janeiro, a Segunda Turma achou relevante convocar o plenário presencial para decidir se o meliante indenizará a vítima em… R$1 mil.
TJSE puniu
O sujeito, que também ameaçou matar a tia, foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Sergipe a um mês de detenção e à indenização.
Agressor muquirana
O réu, que perdeu, havia apelado contra o pagamento dos mil reais, por isso esse processo de transcendental relevância acabou no STF.
Inacreditável
A ação foi relatada pelo aposentado Ricardo Lewandowski, para quem teria ocorrido “desrespeito ao princípio do contraditório”. Foi vencido.
Poder sem Pudor
O Papa catarinense
Américo Farias teve 120 mil votos em 2,5 milhões, quando em 1986 se candidatou ao Senado por Santa Catarina. Quatro anos depois, tentaria o governo do Estado pelo PRN, mas ninguém acreditava nas suas chances. Certa vez, ao encontrar em Rio do Sul um candidato a deputado, Alexandre Traple, Farias encheu o peito: “Você está falando com o futuro governador!”. Traple não perdeu a piada, respondendo em italiano: “Piacere, io sono il Papa (Prazer, eu sou o Papa)!…”
Roubando a cena
Chamou mais atenção a trombada que o presidente dos EUA, Joe Biden, deu numa bandeira do Brasil ao entrar no palco da coletiva Lula do que o encontro do brasileiro com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski.
Atitude nada protocolar
Lula não ouviu qualquer explicação da atitude de Zelenski, que assistiu ao discurso de Lula porque na sequência ocuparia a mesma tribuna, mas ao final fez questão de não aplaudir o brasileiro. Não precisou explicar suas razões, mas deixou clara sua aversão ao que pensa o petista.
Legal e imoral
A ONG Instituto Imazon gastou R$600 mil em treinamento de três dias para servidores, revelou o presidente da CPI das ONGs, Plínio Valério (PSDB-AM). As ONGs voltaram a faturar dinheiro governamental.
Sem moral, nem crime
Plínio Valério lamenta não existir legislação que possibilite enquadrar ONGs picaretas em tipificações penais de suas movimentações milionárias na Amazônia. Não terá indiciamentos no relatório CPI.
Frase do dia
“Amazônia não é ‘realidade de Leonardo Di Caprio”
Senador Plínio Valério (PSDB-AM), presidente da CPI das ONGs
Emergência
A deputada Daiana Santos (PCdoB-RS) tomou um susto: após sentir fortes dores na região abdominal, foi atendida na emergência de hospital de Brasília. Passou por uma cirurgia imediata por apendicite.
Tunga sindical
Daniel Freitas (PL-SC) acionou o Ministério Público do Trabalho contra sindicato de Sorocaba, em São Paulo, que cobra 12% de “contribuição” dos trabalhadores e taxa de R$150 para quem se recusar a pagar.
Projeto piloto
O Distrito Federal avança no combate ao feminicídio e lança hoje o programa Viva Flor, nas delegacias da mulher. O dispositivo agiliza socorro emergencial para vítimas de violência doméstica.
Catacumba
Arthur Virgílio (PSDB-AM) chama de “extorsão” a volta do imposto sindical, travestido de “contribuição”. Para o ex-senador a taxa serve para fortalecer o peleguismo: “Lula tirou do túmulo o imposto sindical”.
Pensando bem
…o papo Lula x Zelenski não foi em russo.
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