Ideia de extinguir GSI é atribuída ao ministro Flávio Dino (GSI) (Foto: Joédson Alves/ABr)
CLÁUDIO HUMBERTO
O presidente Lula antecipou a viagem para Portugal na tentativa de manter distância da crise política dos vídeos que sugerem a participação de governo no badernaço de 8 de janeiro, com objetivo de criminalizar a oposição, e embarcou avaliando a ideia, atribuída ao ministro Flávio Dino (Justiça), de extinguir o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A medida faz lembrar a velha piada da venda do sofá para superar um flagrante comprometedor. Lula ainda avalia as sequelas dessa decisão.
É uma má ideia
A eventual extinção do GSI pode prejudicar o relacionamento e até desconectar o presidente Lula dos seus comandados no Exército.
Intermediação
Além da segurança do chefe do governo e família e da Presidência, o GSI também cuida das relações do presidente com os chefes militares.
Dino é quem ganha
A interinidade no GSI do jornalista Ricardo Capello, ex-PCdoB, dá mais poder a Flávio Dino, mas não favorece a relação de Lula com militares.
Símbolo de poder
A extinção do GSI faria do governo o único a dispensar a existência de um Gabinete Militar, um dos principais símbolos do poder político.
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